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Conhecer a Freguesia

Museu Etnográfico

Telefone: 232 911 004
Horário Terças-feiras: 14h00 ás 18h00
Quartas a domingo: 10h00 ás 13h00 e 14h00 ás 18h00
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Casa de Lavoura e Oficina do Linho

O Museu Etnográfico de Várzea de Calde implanta-se no espaço de uma clássica casa de lavrador permitindo recuperar as vivências do quotidiano e sazonais da vida agrícola e interpretar os referentes simbólicos constitutivos e integradores da casa de família, revelando alguns espaços temáticos: os transportes, o curral do porco, os “trabalhos e os dias”, a cozinha, o ciclo do linho e o lagar, adega e a tulha. O Museu dedica ainda um espaço privilegiado ao Ciclo de Linho, revelando a tradicional utensilagem aplicada no seu fabrico.

Os transportes

O “carro de bois” constitui-se como o mais expressivo símbolo das cargas que no dia a dia se deslocavam na aldeia. Geralmente puxado por junta de vacas junginas segundo um sistema cornal (Jugo) ou jugular e cornal (canga).
Houve tempo em que os lavradores, feitos carreteiros, carregavam carros de urze ou rachões de pinho que levavam à cidade (Viseu) para vender às padarias e à gente que ainda usava essa lenha no fogão.

O Curral do Porco

O porco tornou-se um dos animais de mais forte presença nos ambientes domésticos identificados por uma economia de matriz rural. Pouco exigente em termos de habitáculo, destina-se-lhe o curral nos baixos da casa ou em palheira anexa.
A matança do porco era tradicionalmente um acto festivo que reunia um alargado número de familiares que participava nas específicas funções de tal acto e na refeição cerimonial onde eram servidos pratos rituais.

Os trabalhos e os dias

A organização do trabalho no quadro de uma economia agro-pastoril que se baseava na cultura do milho, de produtos hortícolas (batata, feijão), numa escassa produção de vinho , na exploração de produtos florestais (madeira e lenha), em modesta criação de gado (vacas e ovelhas), estruturava-se de acordo com o ciclo vegetativo que percorre os longos tempos de Verão e Inverno.

Domesticidade: a Cozinha

A cozinha é o mais importante compartimento da casa rural. É ali que se preparam e tomam as refeições, é ali o centro da vida de relação da familia.

O ciclo do linho

O ciclo do linho era complementar da actividade agrícola . O tradicional cultivo de uma variedade de linho de Primavera ocupava um simbólico tempo de cem dias entre a sementeira e o arranque.

Antes do ciclo do linho

Era no lagar, depois na adega e na tulha que aqui ganha o sentido de ampla reserva de frutos que o lavrador encontrava a razão última do trabalho desenvolvido ao longo do ano agrícola.

"É tempo de … semear o linho"
na Casa de Lavoura e Oficina do Linho

Com a chegada da Primavera é tempo de deitar as sementes à terra. Também em Várzea de Calde as sementeiras do linho são efetuadas neste período, entre os meses de Março e Maio, nos terrenos mais férteis da aldeia.
A sementeira é assim, como dizem as gentes da terra, "o começo da canseira mais linda e trabalhosa do ano”.
A Casa de Lavoura e Oficina do Linho apresenta no Ciclo do linho, em exposição permanente, a sementeira, onde se pode observar e vivenciar as diversas fases desta arte de semear, para depois colher e trabalhar o linho, desde a sementeira até à tecelagem.
Uma casa de lavrador abastado da nossa Beira Alta.
Um pátio que dá para o curral do porco, para a loja das vacas e para a cozinha com sala ampla e lareira.
No primeiro andar, os quartos de dormir, hoje transformados em amplo espaço, lugar para um velho tear com a representação de todo o ciclo do linho.
Num outro espaço, do mesmo edifício, dois teares estão ainda em laboração.
Um outro edifício desta antiga casa de lavoura, é hoje dedicado à aldeia. Aqui se regista a ligação da terra ao homem.
No pátio, o forno tem a porta aberta para o pão e, noutro edifício, o lagar e a adega são a marca da hospitalidade beirã: pão e vinho sobre a mesa.
Desde a sua inauguração, em 20 de Setembro de 2009, já usufruíram deste espaço museológico, integrado na Rede Municipal de Museus, mais de 30.000 pessoas.