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Conhecer a Freguesia

Freguesia de Calde

A Freguesia de Calde pertence ao concelho e distrito de Viseu, distando da sede concelhia, cerca de 12 Km.

Fica situada na margem direita do Rio Vouga, na encosta da Serra da Arada, confinando com os concelhos de Castro Daire e S. Pedro do Sul. Dela fazem parte as povoações de Almargem, Cabrum, Calde, Paraduça, Póvoa, Várzea, Vilar do Monte e o lugar de Vila Pereira.

Esta Freguesia apresenta como património cultural e edificado a Igreja Paroquial, na Póvoa de Calde, que no ano 2002 completou um século de existência; a capela de S. Francisco, em Várzea; a capela de Almargem e a antiga Igreja Paroquial, na povoação de Calde, que oferece uma rara beleza interior em talha dourada, monumentos estes que merecem uma demorada visita. São de realçar ainda as várias sepulturas cavadas na rocha, as lagaretas árabes, em Calde, Paraduça e Póvoa, alguns cruzeiros em granito, azenhas, alminhas, poldras, a Ponte Moreno em Paraduça sobre o rio Vouga e ainda o lugar da Fonte Santa.

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O topónimo Calde deriva do genitivo antroponímico "Calidus", referindo-se a um senhor de uma "villa Callidi", sofrendo as naturais evoluções fonéticas, derivando em "Cáldi". Esta última designação prevaleceu até ao século XIII, pelo menos. Também os topónimos dos lugares da Freguesia de Calde reflectem a influência dos povos primitivos, como os árabes, cujo exemplo mais evidente é o topónimo "Almargem", sem provar o arabismo local. A invasão muçulmana deverá ter alterado profundamente toda a região, dando origem a uma relativa estagnação de crescimento demográfico da "villa".

A freguesia de Calde, cujo povoamento deverá remontar à época romana, foi honra de fidalgos medievais. No eclesiástico, nada de concreto se conhece sobre a fundação da paróquia de Santa Maria de Calde, porém, alguns autores defendem que, tal como em Viseu e todo o seu termo, deverá remontar aos tempos da cristianização suevo-visigótica; pertenceu à paróquia de S. Pedro de Lordosa até ao século XVI, organizando-se a partir daí como paróquia independente. Por esta razão, o vigário de Lordosa representava o cura de Calde.

A povoação de Calde aparece nas Inquirições do século XIII, ainda com a denominação de "Caldi" ou "Caldy", pelo que se coloca a questão: Por que é que D. Manuel I, ao conceder foral a esta terra em 24 de Julho de 1515, a chamou de Caldas do Couto de Lafões, para depois voltar a chamar-se de Calde? Poderá ter sido denominada, Caldas para claramente referir a temperatura das águas termais locais? Pois de facto, a julgar pelas terras reguengas mencionadas no referido Foral Novo, este foi na realidade atribuído à Freguesia de Calde.

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O aspecto económico, a Freguesia encontra-se em expansão, favorecida pela implantação da indústria, mais exactamente, a de transformação de madeiras e granitos, a de construção civil, a de azeite, a de aguardente e a de móveis.No entanto, as actividades mais tradicionais, como a apicultura, a agricultura e a pecuária, continuam a pertencer ao conjunto das actividades económicas mais importantes para o desenvolvimento local. É de realçar ainda o renascer da cultura do linho, na povoação de Várzea, actividade esta bem representada pelo seu Grupo Etnográfico de Cantares do Linho.

Situada na margem direita do Rio Vouga, Calde apresenta seguros vestígios dum povoamento anterior à romanização. Hoje ocupa uma área de 3 836 ha, no planalto que rodeia a cidade de Viseu na sua extremidade norte, a cerca de 15 Km de Viseu, na Estrada nacional nº 2, entre Viseu e Castro Daire, fazendo "fronteira" com os concelhos de Castro Daire e S. Pedro do Sul.

Calde aparece nas Inquirições do Séc. XIII ainda com a denominação de Caldi ou Caldy. D. Manuel I, em 24/07/1515, concedeu-lhe foral , à qual chamou Caldas de Couto de Lafões, para depois vir a chamar-se Calde.

Pertenceu a paróquia de São Pedro de Lordosa até ao século XVI. Nessa altura ainda estavam em uso os velhos caminhos romanos que passavam o rio Vouga onde ainda hoje existe a ponte da mesma época. No séc. XIII a "Villa de Calde" era em parte uma "honra" de fidalgos.